Você está aqui: Página Inicial / Saúde / Protocolo de Afastamento da UAC

Protocolo de Afastamento da UAC

Protocolo de Afastamento da UAC em casos de alterações da saúde de bebês e crianças*


     A convivência entre bebês e crianças no ambiente escolar favorece a transmissão de doenças. Cabe destacar que nunca conseguiremos ter o controle total sobre essa questão da transmissão de doenças, entretanto, podemos adotar algumas medidas para minimizar o contágio entre bebês e crianças.
     Descrevemos abaixo alguns sinais e sintomas que bebês e crianças podem apresentar durante a sua permanência na creche/escola, sendo que algumas situações não necessitam de afastamento imediato e sim apenas observação da evolução dos sintomas e outras necessitam de avaliação médica para definição de diagnóstico. Cabe ao médico fornecer o atestado de afastamento do bebê/criança ou liberação para frequentar a escola.


- Febre: a febre é sinal de que o organismo está apresentando uma resposta imunológica a algum a gente agressor. Estado febril (temperatura de até 37,8 o C ) de forma isolada, sem qualquer outro sintoma, não é motivo para encaminhar a criança para avaliação médica; é preciso observar e aguardar a evolução do quadro, não necessitando afastar o bebê ou a criança da escola de imediato.

- Gripe

- É caso suspeito de gripe: Todo bebê e criança que apresentar doença aguda de início súbito, com febre (acima de 37,8 o C), coriza, tosse, dor de garganta, prostração. Neste caso é recomendado o afastamento da escola, sem necessidade de avaliação médica inicialmente, até que a febre cesse. Se a febre persistir mais que 3 dias e/ou houver prostração, deve ser encaminhada para avaliação médica.

- Alterações nos olhos: vermelhidão na conjuntiva (parte branca do olho), em um ou ambos os olhos, acompanhada ou não da presença de secreção e pálpebra inchada, pode ser indicativo de conjuntivite viral, bacteriana ou alérgica. Precisa passar por avaliação médica antes do retorno à escola.

- Vômitos e diarreia: um único  de vômito ou diarreia não é motivo para afastamento da escola. Porém, se os sintomas persistirem é necessário avaliação médica. OBS: Se o bebê ou criança apresentar um único episódio de vômito em grande quantidade é melhor chamar a família devido ao risco de desidratação.

- Exantemas (pontos avermelhados no corpo): a presença de um “grosseirão” no corpo da criança pode ser indicativo de um quadro alérgico ou mesmo de doença transmissível. No caso das doenças transmissíveis (sarampo, rubéola, roséola) a febre sempre está presente. A enfermeira poderá fazer uma avaliação inicial para definir se o encaminhamento para a avaliação médica deve ser imediato.

- Feridas na boca e/ou na pele: pode sinalizar a presença de doenças infecciosas tais como estomatite, síndrome da mão-pé-boca, catapora, especialmente quando acompanhadas de febre. Se associada a febre ou irritabilidade, indica necessidade de avaliação médica.

- Dor de garganta: a dor de garganta isolada, sem outros sintomas associados, pode estar presente em um resfriado simples, rinite, faringite, não sendo indicação de afastamento da escola. Deverá ser sinal de alerta se associada a febre, recusa alimentar afastamento da escola. Deverá ser sinal de alerta se associada a febre, recusa alimentar fora do padrão da criança ou prostração

- Inchaço no pescoço: qualquer observação de inchaço em região posterior ou inferior à orelha deve ser referido às famílias para avaliação médica, não sendo necessário afastamento imediato.

- Cansaço: se o bebê ou criança demonstrar cansaço (respiratório) para brincar como de costume, costelas aparecendo ao respirar, afundamento da região central do pescoço ao respirar, as famílias devem ser acionados imediatamente para buscar avaliação médica.

- Piolho: a ocorrência de piolhos no ambiente escolar é bastante comum. Quando houver relato da família de que o bebê ou a criança está com piolhos ou se a professora perceber a presença de piolhos e/ou lêndeas na cabeça do bebê ou criança, a enfermeira enviará e-mail para todas as famílias da sala para que monitorem a ocorrência de piolhos. A família do bebê ou criança com piolhos será orientada a fazer o tratamento adequado para eliminar piolhos e lêndeas, além de manter a criança com cabelos presos, sendo que não há necessidade de afastamento da escola. Cabe ressaltar que piolho não voa, portanto, para que o inseto passe para outra cabeça, bebês e crianças têm que permanecer muito próximas.

- Traumatismo craniano: Traumatismo craniano: quedas da própria altura, mesmo quando associadas a traumatismo da cabeça, não costumam trazer maiores repercussões. Os sinais de alerta serão: desmaio, convulsão, perda de consciência, vômitos (atenção! O bebê ou criança pode vomitar devido ao choro e esse não é um sinal de alerta), alteração na fala ou na marcha. Se houver sinais de alerta caracteriza urgência. Se não, não indica afastamento, apenas comunicação às famílias.

- Cortes: Cortes: em caso de acidentes que resultem em ferimentos de corte da pele, a lesão deverá ser avaliada pela enfermeira da escola e a mesma definirá necessidade ou não de avaliação médica.

- Picadas de insetos: picadas de pernilongo são corriqueiras e não inspiram maiores cuidados. Quando houver suspeita de picada de abelhas é preciso checar se a criança não é alérgica e ficar atento aos sinais de gravidade: inchaço em outros lugares do corpo, como lábios e olhos; dificuldade de respirar; náuseas; coração acelerado; pele fria e úmida; desmaio. Se presença de algum desse sinais comunicar a família e encaminhar para a avaliação médica imediatamente.


* Protocolo elaborado em 10 de novembro de 2023, por:

Rosa Maria Castilho Martins - enfermeira - COREn 48920
Heveline Ribeiro Casalecchi - Médica Pediatra - CRM 188583

« Abril 2024 »
Abril
DoSeTeQuQuSeSa
123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
282930